quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MASP

Finalmente um post que foge um pouco do Sr. Meu Umbigo.

Na terça, eu fui até o MASP aproveitar a franqueza da entrada. Fui para ver o Chagall e quase me recusando a ver a exposição de arte de rua. Não porque é arte de rua, mas porque me cansa demais essa coisa de "rua no museu". Rua no museu? Em um museu cuja entrada é 15 reais? Ah... é demagogia demais.
O que me parece mais interessante são esses projetos de levar música erudita na favela com um maestro razoável que explique o que um carinha do século XIX láááá na Europa queria dizer, que brinque com os instrumentos, etc.
Hoje eu vi na sala Olido uma apresentação de música erudita para deficientes mentais. Foi tão genial. No fim, todos estavam regendo com o maestro em suas cadeirinhas. Eu acho inclusão social na arte um negócio incrível.
Acontece que eu tive duas surpresas muito boas lá no MASP. Uma foi um documentário do Roberto d'Ávila e do Walter Salles sobre o Chagall (tudo bem... ele é o querido do meu coração junto com o Vincent ;)) e outra foi um paulistano um pouco maluco chamado Stepahn Doitchinoff que participava da exposição de arte na rua.
Esse cara tem uma estética que muito me agrada e um projeto de intervenção urbana genial. Fiquei bem feliz mesmo só de lembrar que nessa terra onde tubarões valem milhões tem gente que ainda faz coisa legal.
O resto da exposição de arte na rua foi um pouco demais para mim. Tudo meio gritante, grande, colorido. Tudo isso, pensei, faria sentido se estivesse na rua. Não aqui dentro do museu. Esse bando de vermelho e azul não brigam mais com o cinza dos prédios e sim com um branco-hospital do museu. Fake, total fake. Ainda tinha uma paredinha onde os visitantes dos primeiros dias puderem se expressar e eu achei bem no alto uma inscrição tímida "arte de rua só faz sentido na rua". Voilà.
Enfim, dos outros caras da exposição de rua, também gostei de um segundo. Daniel Melin. Ficam por aí os links para quem não pode ir nas exposições (e fica também o convite básico para os meus amigos de irem, ficarem na casa da minha mãe e o blá blá blá conhecido já).
Quanto à exposição do Chagall, bom... Era uma exposição de gravuras, litografias, etcs. Não tinha nenhuma das grandes pinturas dele, mas até a unha do dedão desse cara me emocionaria. Infelizmente, não achei o documentário da vida dele para postar aqui, mas ver a relação da vida dele e da arte dele é algo que me fez sentir boa partes das sensações que eu conheço.

2 comentários:

  1. O meu comentário é sobre a inclusão social na arte. Tempos atrás, aí em São Paulo, teve uma ópera para deficientes visuais. Aí eles tinham à disposição foninhos que contavam o que acontecia. O que eu achei mais genial é que o cenário tava todo montado, as pessoas todas com figurino... Lindo.

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