sábado, 31 de julho de 2010

Socorro

A primeira vez que eu o vi, eu cantava arnaldo antunes baixinho. Ele esperava por alguém.
Da segunda vez, perguntou meu nome e não acreditou.
Fui embora emburrada.
Fui muitas vezes, voltei algumas.
Algumas emburrada. Algumas cantando, outras falando.
Fui, fui, fui.
Até que fiquei.
O cabelo cresceu, a barba veio, foi-se a casca, foi-se o pinto.
E então troquei o arnaldo pelos besouros.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A Guerra dos EUA

Oi pessoal,

para quem não lê jornal, mas lê blog, estou postando aqui a página do wikileaks, um tipo de site de apoio a jornalistas e afins com muito material que se diz idôneo para ser usado na mídia em geral.
Há alguns dias, vazou na wikileaks alguns documentos da segurança norte-americana em relação à guerra do Afeganistão. Os documentos são de 2004-2010 e revelam o que todo mundo sabe: os militares intensificam a guerra sem aprovação do congresso, torturam, matam civis, etcs. Muitos etcs.
 Além disso, os documentos mostram que a situação em campo no Afeganistão é bem mais crítica do que a opinião pública americana acredita ser e que os EUA há anos tentam inutilmente acabar a política de auxílio do Paquistão ao Taleban.
Fica aí o link e uma dica: porque não baixar estes documentos enquanto eles ainda estão disponíveis na rede?
Já há uma grande mobilização da casa branca não só para tirar os documentos da rede, mas também para processar a wikileaks por crime contra a segurança nacional norte-americana e, claro, botar panos quentes em todas as informações "novas".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

oh mãe cruel!

No tubo, esperando o ônibus. Um cara branco, bonito, sorridente, conversando com seus amigos também brancos, bonitos, sorridentes.

De verde, minha cor favorita em caras brancos e bonitos, principalmente sorridentes e conversando com seus amigos também brancos, bonitos e sorridentes.

Então, reparo em sua mochila verde também. Minha cor despreferida em mochilas de caras brancos e bonitos e sorridentes. Medicina - UFPR. O cara está no topo da cadeia alimentar. Tem suas pernas ágeis prontas para correr, seu pêlo brilhante e dourado, sua juba que atraí toda e qualquer fêmea, a mochila verde. Imagino o rugido e me doem os ouvidos.

Então, entra um coelho.

Um cara negro, feio (será?), de ombros arqueados, sozinho. Uma bolsinha a tiracolo verde. Técnico em enfermagem, PUCPR.

Ainda que a mãe natureza seja uma só, e que hajam leões e coelhos, e que não seja culpa dos leões serem leões ou dos coelhos serem coelhos... Ainda assim, como não simpatizar com o coelho?