segunda-feira, 27 de julho de 2015

Poesia de segunda(mão)



Acordei com vontade de dizer
Nem sei bem o que 
Nem sei bem para quem
Nem sei bem se é bemdizer.

Acordei colada em fotos
Nas que foram, nas que virão
Acordei colada em medo
Dos que foram, dos que virão.

Hoje, acordei
Sozinha e com todos vocês
Com cada um de vocês.
Colados em diferentes pedaços de medo
Colados em diferentes pedaços de corpos
Colados nos dizeres e nos nãodizeres.

Acordei transbordando
Nem sei bem o que
Nem sei bem para quem
Nem sei bem se é bom.

Virei para o lado, e dormi meu silêncio.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Eles também amam

Eles também amam (ou a precessa do 3.0)

Para Vana Medeiros, minha rosa


(Zeus, eu sou rodeada de tantas maravilhas, ervas doces, adônis, primaveras, dentes de leão, madres-silvas, narcisos e mimosas, que não sei mais o que espero. Acho que os amores perfeitos já cresceram e eu não vi.)

Como é mesmo o nome disto tudo?

Adulthood? 
Adulteza!
Adultice?
*Adultitura
Adultez
Adultidade
Adultismo
Adultagem
Adultação
Adultência
Adultância
Adultamento

(Não, Zeus, não acho que não é nenhum desses não não acho que eu sei de nada. Nem se-quer das flores do jardim.)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Sonhos de Linguagem II


Na computação da vida
o que vale é a pragmática.
A única variável.

               contexto -> shared context
               background -> shared background (sb)
               empty (sb) -> error
               create(new->sb)
               done

Os itens lexicais são todos paradigmaticamente substituíveis.
A sintaxe inútil para escrever o imprevisto.
A semântica tola. Totalmente tola e a posteriori.
(quem analisa significado já dado é analista
                                                 é legista.)

Contexto, dê-me um contexto! (e um cigarro. Literário.)
Textual, oral, sensassorial.
E a computação para de ser besta.
Para ser viva.
-mente
perigosa.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

PSDB declara Guerra Civil

Guerra do PSDB aos professores do Paraná

O mesmo partido que atira em professor é o partido que ensina suas militantes mulheres a fazerem risoto de frango.




Não, não é piada. Nem coincidência. Chama PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA. Os Brasileiros, no caso, são apenas eles. Não suas empregadas, não as mulheres que não querem saber se cozinhar, não os professores da rede pública, não os que pegam ônibus, não os jovens negros, não os proletário.

A social DEMOCRACIA brasileira ontem aitrou nos meus professores. Sangrou meu professores. Na rua, teve sangue de professor. No congresso, teve aplauso à ação da política.

A Social Democracia brasileira não representa ninguém que exista de verdade. Ninguém que tem peso, que tem número e quem tem sangue.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sra. Yang




Numa tarde de outono, 
dormente e quente, 
rosado de trabalho acumulado
esperanças de liberdade ou amor.
É abril.
Ainda é abril.

Saio.
Atrás apenas do próximo passo,
passo futuro
pinta o Abril de dourado
o dragão do Babel-Balcão.

"Boa tarde, amiga!
Uma só?
Mas amanhã é feliado!"

Eu, que não como pastel,
nem frango,
depois de meses,
consegui.
Um sorriso-abril.


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Ergo sun

Com a cabeça em Roma
E os pés
No asfalto de são Paulo.
As bacantes e o Lácio é o porvir
As bacantes e o Lácio é o velho.

Com a cabeça em Roma
E os pés
No asfalto de são Paulo,
Eu me relaciono.
O outro nasceu.

Com a cabeça em Roma
E os pés
No asfalto de são Paulo,
Eu rezo.
Eu comunico.
Eu trepo.
Eu ando.
Eu vejo.
Eu aplaudo.
Eu odeio.
Eu compro.
Eu mexo.
Eu fumo.
Eu sinto.
Eu danço.
Eu pego.
Eu atmosfero.
Eu deixo.
Eu abandono.
Eu bebo.
Eu escondo.
Eu temo.
Eu amo.
Eu como.
Eu minto.
Eu sigo.
Eu carrego.
Eu vou.
Eu nego
Eu entrego.
Eu cego.
Eu prego.

Com a cabeça em Roma
E os pés
No asfalto de são Paulo
Eu cidadeio.
E é TUDO que posso fazer.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Vazio cibernético

Sonhos de Linguagem I

dramatis persona: a senhorita Apagescreve



A senhorita Apagescreve: vou excluir


vou excluir

vou deixar de seguir

unfollow é um ato de amor.

conhecer pessoas novas também têm as suas desvantagens.

silêncio.


.
.
.

Visualizada

Silêncio.




.
.
.

não, silêncio não.



.
.
.

é
o tic tac da barra piscante
ofuscante
piscate
hehe
da barrinha né, que bisca
que pisca

eu acho que estes vídeos deveriam ser postados como piada e não como base de discussão. isso é engraçado, não é político.

isto é uma piada ou uma opinião? :)

ah é... é piada e opino...
não sei de onde disseram que  é igual a .
Maldita! esta linguagem humana.
Esta palavra que não tem sinônimo.
E que te obriga a falar "sinônimo".
E a usar aspas.

(É o estigma
do pó viestes ao pó voltará.
Eu passo pela política
mas tenhos
pés
na
língua
-gem.)

Não quer brincar, não desce pro play.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015