Para quem procurava uma janela, talvez eu tenha tido sorte.
Achei uma casa. Uma casa quase inteira. Sem nada dentro, um pouco torta. Janelas enormes, algumas poucas flores e uma escada que dá a lugar algum. Também tem um sotão onde guardarei uns judeus quando precisarmos. Já tem internet (YES!), tapete e chuveiro. Já manchamos o tapete de cerveja e colocamos o chuveiro no 220 para ficar quentinho no inverno.
Uma casa espaçosa, cheia de espaço para por música, arte, livros, fotos. Espaço para viajar, para ir-se. Tanto, mas tanto espaço, que aqui nunca se ficou muito perto. Imagino. Imagino de longe.
Já passou tanta gente por aqui. Eu já passei por tanta casa antes dessa. A gente sabe tão bem o quanto somos temporários que não vai doer dar tchau. O problema é descobrir como ficar. Eu, minha casa e meu umbigo.
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