sábado, 26 de setembro de 2009

Honduras e eu

Eu me impressiono em saber que amanhã, dia 28 de setembro, o golpe militar em Honduras comemora seu terceiro mês. Já não sei se me impressiona ou não a total omissão do Conselho de Segurança da Onu, talvez a omissão da França ao menos ainda me impressione. Principalmente depois da embaixada do Brasil ter a água, o telefone e a eletricidade cortadas, estar sob o cerco militar e ser alvo de gás tóxico, o Conselho continua calado. Clichés a parte, se acontecesse 1% disso em uma embaixada estado-unidense todo o exército do Tio Sam entraria no país bombardeando hospitais civis como eles vinham fazendo no Iraque.

Ao menos, o papel do governo brasileiro tem me deixado bastante orgulhosa nesse angu todo. Receber o presidente deposto e pedir apoio no Conselho são atos que, ao meu ver, mostram por aí uma certa autonomia do governo brasileiro frente aos seus novos colonizadores. E ainda, quem sabe, não mostre um resquiciozinho de esquerdice? Ainda que atrás de um discurso puramente democrático.

Ou talvez eu é quem esteja procurando pêlo em ovo.

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